Dossiê da PM liga torcidas do Belo ao tráfico:
Um sargento do serviço de inteligência do 5º Batalhão de Polícia Militar da Paraíba, que pede para não ser identificado justamente por fazer parte do setor de investigação da PM, apresentou na manhã desta segunda-feira (1º) para este blogueiro o que ele chamou de “dossiê preliminar” sobre a ação criminosa de três torcidas organizadas do Botafogo (Torcida Jovem do Botafogo, Fúria Independente do Belo e Força Injuriada Anjinhos do Belo). Segundo ele, estas torcidas na verdade servem de disfarce para a ação de traficantes de drogas que agem na cidade.
O tal dossiê na verdade é um documento de 40 páginas repleto de fotos identificando todos os torcedores sob suspeita. Em muitas destas imagens eles aparecem portando armas, brigando contra “adversários” de outras torcidas botafoguenses e se vangloriando com troféus conquistados nas confusões (camisas rasgadas, faixas roubadas das outras torcidas, entre outras).
A divulgação do material acontece um dia depois do adolescente Wallyson Maranhão Moraes, integrante de 17 anos da Fúria Independente do Botafogo, ser executado por torcedores que segundo a polícia fazem parte da Anjinhos do Belo. Mas para o policial, o momento agora é de fechar o cerco contra estas quadrilhas. "Conseguimos evidências que finalmente comprovam a conexão destas torcidas com o tráfico de drogas e agora a determinação do Comando da Polícia Militar é identificar e prender estes marginais”, declarou.
O sargento da PM disse inclusive que foram identificados nas torcidas botafoguenses traficantes de drogas vindos do Ceará exclusivamente para reforçar a comercialização de produtos ilícitos em João Pessoa. “Encontramos integrantes do Movimento Organizado Força Independente, uma das torcidas organizadas mais violentas do Ceará, infiltrados em torcidas do clube pessoense”, prosseguiu o policial militar.
Ele vai além e traça um perfil sobre estes torcedores-criminosos. “São pessoas com passagem pela polícia, que respondem a processos e que são ligados ao crime organizado”, denunciou. “Eles vendem drogas e induzem pessoas menores de idade a ingressarem no mundo do crime”, completou.
Diante da denúncia, o blog conversou com o promotor do cidadão Valberto Lira e questionou sobre porque as ações e promessas do Ministério Público nunca são levadas adiante. Ele reconheceu as dificuldades do caso, chamou as torcidas organizadas de “bandos e quadrilhas” e disse que o primeiro passo é “identificar os infratores”. Ele promete criar um banco de dados com nomes e fotos de todos os torcedores e punir aqueles que forem pegos brigando dentro ou fora dos estádios.
Sobre o Botafogo, ele disse que o clube possui uma parcela de culpa na medida em que “mantém uma relação de promiscuidade com as gangues”. Para Valberto, o Belo no passado manteve um “namorico” com estas torcidas e agora a diretoria atual tem “medo de enfrentá-las e romper com os laços pré-existentes”.
Ele promete agora colocar em ação o Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba e vai estudar a possibilidade de pedir a punição de perda de campo para o Botafogo, que durante um tempo ficaria proibido de mandar os seus jogos em João Pessoa.
Phelipe Caldas
Email: phcaldas@paraiba1.com.br
Fonte: Paraíba 1
Um sargento do serviço de inteligência do 5º Batalhão de Polícia Militar da Paraíba, que pede para não ser identificado justamente por fazer parte do setor de investigação da PM, apresentou na manhã desta segunda-feira (1º) para este blogueiro o que ele chamou de “dossiê preliminar” sobre a ação criminosa de três torcidas organizadas do Botafogo (Torcida Jovem do Botafogo, Fúria Independente do Belo e Força Injuriada Anjinhos do Belo). Segundo ele, estas torcidas na verdade servem de disfarce para a ação de traficantes de drogas que agem na cidade.
O tal dossiê na verdade é um documento de 40 páginas repleto de fotos identificando todos os torcedores sob suspeita. Em muitas destas imagens eles aparecem portando armas, brigando contra “adversários” de outras torcidas botafoguenses e se vangloriando com troféus conquistados nas confusões (camisas rasgadas, faixas roubadas das outras torcidas, entre outras).
A divulgação do material acontece um dia depois do adolescente Wallyson Maranhão Moraes, integrante de 17 anos da Fúria Independente do Botafogo, ser executado por torcedores que segundo a polícia fazem parte da Anjinhos do Belo. Mas para o policial, o momento agora é de fechar o cerco contra estas quadrilhas. "Conseguimos evidências que finalmente comprovam a conexão destas torcidas com o tráfico de drogas e agora a determinação do Comando da Polícia Militar é identificar e prender estes marginais”, declarou.
O sargento da PM disse inclusive que foram identificados nas torcidas botafoguenses traficantes de drogas vindos do Ceará exclusivamente para reforçar a comercialização de produtos ilícitos em João Pessoa. “Encontramos integrantes do Movimento Organizado Força Independente, uma das torcidas organizadas mais violentas do Ceará, infiltrados em torcidas do clube pessoense”, prosseguiu o policial militar.
Ele vai além e traça um perfil sobre estes torcedores-criminosos. “São pessoas com passagem pela polícia, que respondem a processos e que são ligados ao crime organizado”, denunciou. “Eles vendem drogas e induzem pessoas menores de idade a ingressarem no mundo do crime”, completou.
Diante da denúncia, o blog conversou com o promotor do cidadão Valberto Lira e questionou sobre porque as ações e promessas do Ministério Público nunca são levadas adiante. Ele reconheceu as dificuldades do caso, chamou as torcidas organizadas de “bandos e quadrilhas” e disse que o primeiro passo é “identificar os infratores”. Ele promete criar um banco de dados com nomes e fotos de todos os torcedores e punir aqueles que forem pegos brigando dentro ou fora dos estádios.
Sobre o Botafogo, ele disse que o clube possui uma parcela de culpa na medida em que “mantém uma relação de promiscuidade com as gangues”. Para Valberto, o Belo no passado manteve um “namorico” com estas torcidas e agora a diretoria atual tem “medo de enfrentá-las e romper com os laços pré-existentes”.
Ele promete agora colocar em ação o Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba e vai estudar a possibilidade de pedir a punição de perda de campo para o Botafogo, que durante um tempo ficaria proibido de mandar os seus jogos em João Pessoa.
Phelipe Caldas
Email: phcaldas@paraiba1.com.br
Fonte: Paraíba 1
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