A única certeza é que não existe apenas uma resposta certa para nenhuma das questões acima, até porque há casos de sucesso nas diferentes plataformas táticas, princípios defensivos e referências de marcação. O treinador deve acreditar em uma ideia de jogo que responda a estas (e outras) perguntas e treinar (bem) para que seus jogadores consigam executá-la com sucesso em campo.
Defender com qualidade é muito mais difícil do que parece. Defender com qualidade, para mim, significa recuperar a bola e criar meios para ficar com ela e organizar o ataque no menor tempo possível. Defender bem é a primeira etapa do bom ataque, uma coisa está presa a outra. Uma defesa bem posicionada em campo é um grande passo para uma boa transição ofensiva, o que aumenta as probabilidades de um bom ataque.
PRESSÃO AGRESSIVA NA BOLA
Uma boa defesa deve pressionar agressivamente a bola. Jogando em linha defensiva mais alta ou mais baixa, onde o treinador determinar que deva ser iniciada a pressão, o adversário não pode ter tempo e espaço para executar suas ações ofensivas.
COMPACTAÇÃO
Uma pressão agressiva à bola juntamente com linhas compactas (Goleiro-Defesa-Meio-Ataque) são fundamentais para se defender bem, independente da plataforma tática escolhida. Para se “compactar” com sucesso, a equipe tem que funcionar como uma unidade. Todos atacam e todos defendem.
Por exemplo, quando a equipe tem a bola e pretende avançar no campo de jogo do adversário, ou quando a equipe não tem a bola e quer fazer uma pressão mais intensa no campo de ataque, juntamente com a linha do ataque também avançam: a linha do meio, a linha da defesa e o goleiro.
Desta forma, do ponto de vista defensivo, a equipe consegue fazer rapidamente uma pressão organizada na bola ao perdê-la (diminuindo o tempo e o espaço do adversário), facilitando assim a recuperação da posse. O mesmo ocorre quando a equipe optar por manter a linha defensiva mais baixa, mais recuada, iniciando a pressão mais próxima ao seu gol. Neste caso, as linhas do meio e do ataque devem recuar e ficar próximas às linhas do goleiro e da defesa, diminuindo o espaço de jogo do adversário.
Pode-se concluir que, independente das plataformas táticas e referências de marcação (bola, homem e espaço), uma defesa que não ataca a bola e que suas linhas não estejam compactas, com pouco espaço entre elas, terá que contar com muita sorte para ter sucesso e certamente terá muita dificuldade nos jogos.
Por Alberto Tenan (mestrando em Treino Desportivo - ULHT – Lisboa)
Fonte: Universidade do Futebol
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