O Botafogo já enfrentou todos os
times que estão disputando esta edição do Campeonato Paraibano, tanto dentro de
casa, como fora dos seus domínios, de modo que existe um grau de parâmetro para
servir de base na preparação do time para os próximos confrontos.
Analisando alguns erros e acertos
do time do Botafogo nos últimos jogos, por exemplo, temos um forte alerta para
o sistema defensivo quando se deparar contra o ataque do time do Treze,
principalmente quanto ao posicionamento dos jogadores do Botafogo nas bolas
alçadas na área, onde a preocupação deve ser em marcar o adversário, e não
apenas a bola, como aconteceu na vitória do Botafogo sobre o Treze, em Campina
Grande, por 4 a 3, quando o sistema defensivo do Botafogo se mostrou bastante
frágil nas bolas aéreas, tanto na primeira disputa pelo alto como na sobra de
bola dentro da área, onde o vacilo na marcação deixou o time galista encostar
no placar.
No primeiro turno, o Botafogo
chutava com regularidade de fora da área, com destaque para as investidas do
volante Isaias, que vindo de trás surpreendia o time adversário, e vez por
outra a pelota balançava as redes. No segundo turno, a coisa mais difícil de
acontecer é um chute de fora da área. Seria interessante e bem recomendado que
os jogadores que trabalham na armação, ao perceber a oportunidade, também
arriscar das imediações da meia lua.
A coisa mais previsível no ataque
do Botafogo são as jogadas com os laterais Ferreira pela direita e Celico pela
esquerda, que ficam o tempo todo levantando bolas na área, torcendo por algum
desvio para que o Warley ou o Wanderley possam aproveitar o rebote e concluir
em gol. O fato é que quando o Botafogo pegou o alto sistema defensivo do
Campinense, se deu mal, porque a zaga do rubro-negro conseguia efetuar o corte,
e ainda ligava o contra-ataque. Foi fatal, Botafogo 1x4 Campinense.
A definição de batedores oficiais
de faltas da intermediária e de cobradores de pênaltis é algo fundamental em
jogos apertados e decisivos como os que o Botafogo terá pela frente. Nas
cobranças das faltas, com ou sem barreira, a depender da posição, um jogador
específico já saberia que a responsabilidade seria sua, bem como nas
penalidades máximas, onde o critério de melhor aproveitamento nos treinos e nos
jogos deveria ser levado em conta.
As jogadas em que os laterais do
Botafogo entram na diagonal, ora pela esquerda ora pela direita, aparecendo
para a triangulação com os meias, sempre criaram excelentes oportunidades para
os atacantes, que se tiverem menos precipitação irão converter com facilidade.
O melhor momento de o time
recuperar o fôlego é quando está com a posse da bola, porque time que deixa
para descansar quando se defende é passivo de tomar gols “bestas”, então, via
de regra, é não deixar o adversário trabalhar a bola, tem que diminuir os
espaços para que eles não possam pensar e, consequentemente, recuperar a posse
da bola o mais rápido possível. Como exemplo desta obediência tática temos o
time do Boca Juniors, que conquistou vários títulos nos áureos tempos, quando
todos pensavam que o time estava tocando a bola sem nenhuma pretensão, os “xeneizes”,
descansados, partiam com velocidade para cima do adversário, arrasando defesas
e marcando gols decisivos.
O Botafogo tem um time
experiente, um treinador estrategista, agora é só organizar as idéias e
planejar a melhor forma de jogar em busca dos resultados, e se cada jogador
pensar no coletivo, deixar o “vou resolver sozinho”, a tranquilidade será
suficiente para que todo o aprendizado seja posto em prática, e as vitórias
virão recompensar o trabalho dos humildes de coração. Boa Sorte Fogão!!!
Fábio Fernandes
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