Uma torcida fiel, para um time de guerreiros

Na tarde deste domingo, o estádio Almeidão serviu de palco para mais um clássico tradição, e, de virada, deu Belo, Botafogo 2x1 Treze. De parabéns a diretoria, os jogadores e a comissão técnica, mas a força da grande massa botafoguense foi algo que empolgou a quem se fez presente ao estádio Almeidão. Uma torcida fiel, para um time de guerreiros.

O Botafogo, que vinha de dois resultados adversos, precisava de todo o apoio possível para poder se reabilitar na competição, e continuar firme no encalço da classificação, apoio esse que veio das arquibancadas, da sua fiel torcida, em suas mais diversas facções, ideologias distintas, unidas em torno de um propósito comum, transmitir confiança e força para os jogadores dentro de campo, e não deu outra, a torcida acreditou, os jogadores acreditaram, mesmo saindo atrás no marcador, o time encontrou forças para empatar e virar o jogo.

Esse é o Botafogo que o torcedor gosta de vê, jogando com garra, determinação, com o coração no bico da chuteira...

O Jogo

O Botafogo não começou bem a partida, o Treze tomou a iniciativa do jogo nos primeiros minutos, e aos 8, aproveitando um rebote do goleiro Genivaldo, o meia Doda abriu o marcador para o Treze. Botafogo 0x1 Treze.

A estratégia para anular o meia Doda, colocando o zagueiro Rogério para marcá-lo de forma individual, não deu muito certo, e o treinador Neto Maradona não esperou, aos 22, mexeu no time, tirou o zagueiro Ronan, para a entrada do atacante Yla (o xodó da galera), com isso a marcação sobre o meia trezeano passou a ser por zona, porque Rogério recuou para formar o miolo de zaga com o Henrique, nesse momento o Botafogo deixou de atuar no esquema tático 4-4-2 para jogar no 4-3-3. O time ficou mais agressivo atuando com três atacantes, o Yla, o Edgard e o Erivelto. O Botafogo foi para cima do Treze, que sentiu a pressão.

Aos 24, GOL do Botafogo, o lateral esquerdo Adriano, cheio de efeito, meteu em profundidade para o meia Leomir, que invadiu pela ponta esquerda, fez a área, para encontrar o artilheiro Edgard, que de bate-pronto, pegou de voleio, estufando as redes do goleiro Danilo. Botafogo 1x1 Treze.

O Botafogo continuou pressionando o Treze, aos 27, o meia Nino meteu na área para o atacante Edgard, o mesmo tentou dominar, mas foi tocado pela defensiva galista, a torcida do Belo reclamou pênalti, contudo, o árbitro João Bosco Sátiro ignorou, e, de quebra, ainda deu um cartão amarelo para o Edgard.

A primeira etapa seguiu com o Botafogo mandando no jogo, entretanto, o marcador não sofreu mais nenhuma alteração, e acabou empatado em um tento a um.

Segundo Tempo

Para a segunda etapa da partida, as equipes retornaram com a mesma formação que terminaram o primeiro tempo.

Assim como no início do primeiro tempo, o Treze também dominou o início do segundo tempo, teve maior posse de bola, mas não tinha objetividade, o Treze pecava muito no último passe, com isso a bola não chegava com qualidade para os atacantes.

A torcida do Botafogo reclamou outro pênalti, não assinalado pelo Sr. João Bosco Sátiro, aos 7, o atacante Erivelto foi derrubado dentro da área do Treze, o árbitro fez vista grossa e mandou o jogo seguir.

Aos 8, substituição no Treze, Manu entrou no lugar do Márcio Carioca.

Procurando melhorar a qualidade do passe, para que os atacantes pudessem receber em boas condições para finalizar, aos 11, o treinador Marcelo Vilar trocou o volante Neto Maranhão pelo meia Roni Dias, o que o treinador não esperava é que o Roni Dias só passasse 8 minutos em campo, o meia sentiu uma contusão, e teve que deixar o gramado.

Salvo a condição de o Neto Maranhão ter pedido para sair, por cançaso ou contusão, a sua substituição foi errada, haja vista que o jogador estava fazendo uma boa partida, segurando as investidas do Belo pelo setor de meio. E para piorar a situação do treinador galista, o mesmo foi obrigado a queimar sua última substituição, colocando Cleiton Cearense no lugar do machucado Roni Dias.

Passado os quinze primeiros minutos, o Treze caiu de produção, e o Botafogo voltou a gostar do jogo. A torcida do Belo gritava o tempo todo, empurrando o time para cima do Treze, que recuou, passando a administrar o empate. O Treze desistiu da posse de bola e começou a priorizar os contra-ataques, enquanto isso o Botafogo mandava ver na zaga, afastando com muita seriedade todo e qualquer perigo.

No setor de criação do Botafogo, Leomir e Nino Paraíba estiveram muito bem na partida, conseguiram armar boas jogadas, mas a defensiva galista estava atenta e conseguia, com muito esforço, segurar as investidas do Botafogo, que estava bastante contundente na reta final do segundo tempo.

Aos 28, substituição no Botafogo, o atacante Jales entrou no lugar do também atacante Erivelto.

“Água mole em pedra dura...”. Aos 34, GOL do Botafogo, Nino Paraíba cobrou falta pelo setor esquerdo do ataque botafoguense, a pelota viajou pelo alto, e dentro da pequena área foi desviada pelo atacante Jales, não deu para o goleiro Danilo, que foi buscar a bola no fundo das redes. Vira, vira do Belo para cima do Galo. Botafogo 2x1 Treze.

Depois do gol, aos 37, o treinador Neto Maradona voltou a jogar com apenas dois atacantes, saiu o autor do primeiro gol, Edgard, para a entrada do volante Diego.

Final de jogo eletrizante, a torcida vibrava a cada bola espanada pela zaga botafoguense, o time era sinônimo de raça, força e determinação, a constatação da vitória era iminente. Mesmo com o árbitro dando cinco minutos de acréscimo, o placar permaneceu inalterado, sendo confirmada a vitória do mais Belo e Glorioso time do futebol paraibano. Botafogo 2x1 Treze.

De olho no Esporte de Patos, próximo adversário do Botafogo, quarta-feira (18), no estádio José Cavalcanti, em Patos, os comandados do professor Neto Maradona se reapresentam na tarde desta segunda-feira, no CT da Maravilha do Contorno, onde os jogadores que atuaram diante o Treze realizarão um treino leve e crioterapia, já os jogadores que não jogaram participarão de um trabalho físico de força e velocidade, sob o comando do preparador físico Netinho.

Fábio Fernandes