EM DOIS JOGOS REALIZADOS NO JOSÉ CAVALCANTI EM PATOS, O BOTAFOGO SÓ CONSEGUIU SOMAR TRÊS PONTOS:
A falta de vitórias consecutivas tem sido um dos maiores problemas enfrentados pelo Botafogo nos últimos anos. A falta de sequência tem tirado os títulos do Clube e afastado os torcedores do campo.Na viagem realizada para o sertão paraibano, o time estrelado tinha como objetivo trazer os seis pontos, de que tanto precisa, para continuar no grupo dos quatro que irão decidir o título estadual. Infelizmente, mais uma vez, o Botafogo venceu a primeira e perdeu a segunda, com isso o Belo saiu do G4.
Todos sabem o quão é importante não perder ponto jogado em seus domínios, entretanto o Botafogo se deu ao luxo de empatar em casa diante o Nacional de Patos, na primeira rodada do Campeonato Paraibano (1 a 1). O Nacional levou o seu pontinho da capital sem receber pressão da diretoria e da torcida do Botafogo, e a arbitragem não foi ameaçada em nenhum momento. No jogo de volta, que aconteceu na noite desta quarta-feira (23), no estádio José Cavalcanti, o Nacional derrotou o time do Botafogo por 2 a 1, debaixo de muita pressão, principalmente sobre a arbitragem.
Historicamente, jogos do Botafogo realizados no sertão paraibano são marcados por muita pressão da torcida e dirigentes sobre a arbitragem. As ameaças são sempre as mesmas, algumas vezes seguidas de invasão de campo e tudo mais. Alguns jogadores do Botafogo, que compuseram a delegação que esteve em Patos, já passaram várias vezes por esse tipo de pressão, então já deveriam estar acostumados com isso.
O problema é que o Botafogo, quando joga em casa, é muito compassivo quando enfrenta os seus adversários, e a falta da boa malandragem tem feito muita falta ao Botafogo. Basta simplesmente imaginar que se o time não vencer em casa, vai comer o “pão que o diabo amassou” fora de casa, e é essa falta de pegada que está acontecendo nos jogos do Botafogo como mandante.
Cenas como o massagista, auxiliar técnico e jogadores do banco vindo até a beira do campo para gritar com o árbitro central, querendo literalmente apitar o jogo, só vemos acontecer nos jogos realizados no sertão, de uma outra forma, aqui na capital, em Campina Grande e Guarabira, o quarto árbitro se mostra bem enérgico, e por vezes bem chato, cobrando ordem e disciplina à beira do campo.
Na presidência da Comissão Estadual de Arbitragem, saiu o Sr. Marcílio Braz e entrou o Sr Miguel Félix, todavia a lambança que acontece na arbitragem nos jogos realizados no sertão continua. O que poderia ser feito para que o pessoal da arbitragem possa trabalhar sem medo das ameaças que sofrem dos dirigentes sertanejos. Seria um maior efetivo policial trabalhando nos jogos do sertão. Realmente eu não sei o que está faltando, porem o Sr. Miguel Félix (Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem), tem a obrigação de saber, e principalmente, chamar o feito a ordem dentro da arbitragem paraibana.
O Botafogo volta a campo no próximo domingo, diante o Miramar de Cabedelo, às 16h, no estádio Almeidão em João Pessoa, conforme a tabela divulgada pela FPF, jogo válido pela 11ª rodada do Campeonato Paraibano.
Fábio Fernandes
Equipe Botashow
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