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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uma família literalmente Botafoguense.


Crônicas do Serpa


Na década de cinquenta, chegou um atleta para vestir a camisa do Botafogo da Paraíba com o apelido de “Pedro Neguinho”, um atacante muito veloz, inteligente e com bastante faro de gol. Logo, esse ponta de lança e também centroavante tornou-se um dos artilheiros do clube e do estado.

Pedro Batista da Silva era o seu nome de batismo, porém, foi com o carinhoso apelido de “Pedro Neguinho”, que ele formou um time inesquecível, junto com os craques Berto, Prince, Kleber Bonates, Marajó, Gonzaga e Bola Sete, sendo este último seu companheiro nas belíssimas jogadas que normalmente terminavam com a bola no fundo das redes. Pedro Neguinho e Bola Sete, naquela época, eram sinônimos de gol, e vários times do nordeste almejavam contratá-los.

O que Pedro Batista da Silva não sabia, era que do seu casamento com Maria do Socorro Carvalho e Silva nasceriam dois filhos, que seguiriam o mesmo caminho do pai, sendo grandes jogadores de futebol e revelados no Botafogo paraibano e posteriormente transferidos para grandes clubes do País.

Primeiro, surgiu o filho Marcos Batista da Silva, conhecido por “Marquinhos”. Um lateral esquerdo bastante habilidoso, que quando estava de posse da bola ninguém conseguia tomá-la, salvo cometendo deslealdade. Ele chegou ao Belo em 1979, assumiu a titularidade da lateral esquerda e fez parte daquele inesquecível time que tinha Nicácio, Magno e Zé Eduardo no meio de campo, lembra? Isso, aquele que derrotou o Flamengo dentro do Maracanã e foi denominado de “Matador de Tricampeão”, pela famosa Revista Placar.

Ao deixar o nosso estado, Marquinhos foi vestir a camisa rubro-negra do Vitória, da Bahia, alvirrubra, do Bangú, do Rio de Janeiro e a do Clube Náutico Capibaribe, em Recife. Em todas essas agremiações ele conseguiu se destacar.

Depois veio o segundo craque e filho de Pedro Neguinho, batizado de José Alberto Batista Silva, conhecido por “Zito”, que jogava na lateral direita e de zagueiro central, também sendo revelado com a camisa do Botafogo da Paraíba. Zito chegou ao Belo no mesmo ano do seu irmão Marquinhos, mas por ser mais jovem, teve que primeiro ingressar nas categorias de base do clube.

Depois que se firmou no elenco profissional do clube, “Zito” logo se destacou e foi jogar em outros estados, em agremiações como o Santa Cruz, do Recife, Rio Verde, de Goiás, Central, de Caruaru. Ele participou e foi destaque daquela heroica e exitosa excursão do Belo em terras europeias, onde jogaram dez vezes, ganharam quatro, empataram três e perderam três, junto com os craques Carlos Roberto, Walmir, Carioca, Carlinhos Mocotó e Zé Roberto, sob o comando do inteligente técnico Erandir Montenegro.

Hoje, aposentados do futebol, os dois filhos de “Pedro Neguinho” residem na cidade de João Pessoa. Quando eles têm uma oportunidade, apanham os recortes de jornais do passado e relembram os bons tempos com a camisa do Botafogo, e, com bastante saudade, as mensagens e ensinamentos que foram repassados pelo finado pai.

“Pedro Neguinho” foi uma árvore que resultou em bons frutos, e a sua família pode ser considerada como uma “família literalmente Botafoguense”. Quem sabe se ainda não vai aparecer dessa árvore um neto, ou um bisneto, vestindo a camisa do Belo?
O futebol da Paraíba iria agradecer muito!


Francisco Di Lorenzo Serpa
Membro da API, UBE e APP
falserpa@oi.com.br


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