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domingo, 4 de abril de 2010

FUNÇÃO DO VOLANTE



FUNÇÃO DO VOLANTE


Por anos e anos, a mesma dinâmica se repete. Quando uma equipe não consegue envolver o adversário e criar oportunidades para marcar, a culpa é imediatamente atribuída aos meias de ligação. Poucos se dão conta, porém, de como é difícil atuar nesta posição no futebol moderno e de como os volantes vão se tornando cada vez mais importantes na parte ofensiva, justamente para não sobrecarregar meias ofensivos.

É difícil um jogador ofensivo ter a bola em seus pés sem ter dois ou três adversários o perseguindo de perto. Não há espaço nem tempo para esperar a movimentação dos companheiros, medir a força necessária e, finalmente, disparar o passe certeiro, que deixará o atacante na cara do gol. Hoje, quem tem um pouco mais de tempo e espaço para pensar, é o volante.

Por isso que eu acredito que os homens de marcação de meio-campo sejam, geralmente, os mais importantes de uma equipe. Por isso também que eu não gosto do chamado volante “brucutu”, que marca muito mas nada acrescenta ofensivamente.

Não estou dizendo que um volante não precisa marcar, longe disso. A posição recuada deste jogador no campo exige habilidades defensivas para a segurança da zaga. Mas quando este jogador tem a bola em seus pés, costuma ser um dos poucos com tempo para raciocinar qual é a melhor opção de passe. Se ele tem boa precisão para encontrar companheiros bem colocados, a tendência é que a jogada se desenrole com muito mais perigo ao gol adversário.

O volante é tão importante ofensivamente porque é ele quem dá, geralmente, o primeiro passe da criação de uma jogada. É nos pés dele que a equipe deixa de estar em transição da defesa para o ataque e começa a atacar efetivamente. Tente observar nos jogos a diferença que um primeiro passe preciso faz. Uma jogada que inicia bem tende a ser bem mais eficiente.

Volantes com alta qualidade técnica e capacidade para dar o melhor andamento possível às tramas ofensivas começam a chamar a atenção da marcação adversária para si. Com isso, aparece o espaço para os homens de frente trabalharem com maior tranqüilidade.

Um bom exemplo da importância ofensiva do centro-médio está na trajetória de Andrea Pirlo. Carlo Ancelotti quis melhorar a qualidade de seu primeiro passe no Milan e recuou o então meia Pirlo para a primeira função do meio-campo. Gattuso e Ambrosini, jogadores bem menos dotados ofensivamente, ficavam à sua frente para ajudá-lo na marcação, enquanto ele começava a armar o time rossonero lá de trás. Depois de dois títulos de Champions League com esta formação, é seguro dizer que a solução funcionou.

Alguns utilizarão o exemplo do Barcelona, que tem um volante muito mais marcador que apoiador, para dizer que este tipo de meio-campista defensivo é necessário para o sucesso de uma equipe. Yaya Touré não é exatamente um “brucutu, mas também não tem participação tão ativa no campo ofensivo. A diferença é que os meias do Barça são jogadores extraordinários, que conseguem criar mesmo nos espaços curtos que lhe são concedidos.

Nem toda a equipe tem este luxo que Josep Guardiola aproveita no Camp Nou. Por isso que a importância da participação ofensiva do volante vem crescendo absurdamente nos últimos anos. Dá para dizer até que é a posição mais importante do futebol moderno, por ser a única que tem relevância direta nos sistemas defensivo e ofensivo de uma equipe.

André Baibich, Goal.com


Fonte:
Professor Claudio Roberto



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